Ver uma barata na cozinha é um pesadelo. Mas o prejuízo não está apenas no nojo do cliente; ele está no bolso.
A Vigilância Sanitária (VISA) trata pragas urbanas como alto risco de contaminação, e a multa por infestação pode ser salgada. Para fugir dela, você contrata uma dedetizadora barata e rápida. Grande erro!
Economizar no controle de pragas é a maneira mais fácil de perder dinheiro, pois o fiscal busca a praga... e a prova de que você contratou errado. Você não quer ser o próximo alvo de uma fiscalização rigorosa da vigilância sanitária buscando erros da dedetização em São Paulo, por exemplo (onde os valores das multas começam em R$ 2.000 reais, podendo passar de R$ 50 mil reais!).
Neste Artigo Você Vai Ver:
- O Que a VISA Procura no Controle de Pragas
- Erro 1: Ignorar a Licença de Funcionamento da Dedetizadora
- Erro 2: Não Exigir o Responsável Técnico (RT)
- Erro 3: Não Conferir o Produto (A Receita do Veneno)
- Erro 4: Não Pedir o Certificado do Serviço
- Conclusão
O Que a VISA Procura no Controle de Pragas
O fiscal da VISA sabe que, em 99% dos casos, ele não encontrará uma barata na sua frente. O que ele realmente busca é documentação.
O controle de pragas é uma exigência legal (geralmente na RDC 216 e legislações estaduais). Para a VISA, a ausência de pragas é o resultado de uma empresa séria e legalizada.
Sua tranquilidade depende de um contrato bem feito e de quatro documentos essenciais que provam a seriedade do seu serviço. Quer saber como se preparar para o fiscal? Confira nossos 7 Passos para Inspeções Surpresas da Vigilância Sanitária.
Erro 1: Ignorar a Licença de Funcionamento da Dedetizadora
Toda empresa de dedetização precisa de uma licença específica, emitida pelo órgão de vigilância competente (municipal ou estadual).
Essa licença prova que a empresa tem estrutura física adequada para armazenar produtos químicos e que segue as normas básicas. Se a sua dedetizadora não apresentar essa licença antes da contratação, corra.
Contratar uma empresa não licenciada é como tentar abrir o seu restaurante sem alvará: um convite aberto à multa (aliás, será que seu restaurante ou lanchonete precisa de autorização da vigilância sanitária? Já falamos sobre isso nesse artigo: A Lanchonete Precisa de Autorização da ANVISA? A Resposta Rápida). Esse cuidado se assemelha à exigência de Áreas Obrigatórias Que Todo Negócio de Alimentos Precisa Ter Para Funcionar na Lei.
Falando nisso: você sabe qual a diferença entre desinsetização e desratização? Veja sobre isso em "Entenda a Diferença entre Desinsetização, Desratização e o que é Legalizado pela ANVISA."
Agora vamos para o Erro 2: Não exigir o Responsável Técnico.
Erro 2: Não Exigir o Responsável Técnico (RT)
Uma empresa séria de desinsetização e desratização deve ter um Responsável Técnico (RT), que geralmente é um biólogo, químico, engenheiro agrônomo ou, em alguns casos, o médico veterinário.
O RT é o profissional que planeja o serviço, escolhe o produto e assina a responsabilidade legal sobre o que está sendo aplicado no seu negócio.
Na fiscalização, você precisa do nome e do registro deste RT. Sem ele, o serviço é classificado como clandestino, e o risco de contaminação cruzada é altíssimo.
Erro 3: Não Conferir o Produto (A Receita do Veneno)
Existe veneno bom e veneno proibido. Produtos desinfetantes e raticidas só podem ser utilizados se tiverem registro no Ministério da Saúde/ANVISA.
Uma dedetizadora barata pode usar produtos sem registro, mais tóxicos ou inadequados para o ambiente alimentício. O seu dever, como empresário, é exigir a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
Essa ficha detalha o princípio ativo e o tempo de carência (quanto tempo o local deve ficar isolado). Sua equipe deve saber exatamente o que foi aplicado.
Erro 4: Não Pedir o Certificado do Serviço
A prova final é o Certificado de Execução do Serviço. Este é o documento que você deve manter na pasta de Boas Práticas.
Ele deve conter: a data de aplicação, o nome do produto utilizado (com número de registro ANVISA), o local onde foi aplicado, o nome do RT e o prazo de garantia/validade do serviço.
A falta deste certificado durante uma fiscalização é considerada irregularidade grave. Ele comprova que você está em dia com a prevenção de pragas. Lembre-se que documentar processos é crucial, como ao Criar seu POP de Controle de Pragas.
Conclusão
Controle de pragas é saúde pública e exigência legal, não apenas estética.
Não escolha a dedetizadora pelo preço mais baixo, mas sim pela conformidade legal. Investir em uma empresa licenciada com RT e produtos registrados é a única maneira de proteger seu cliente, seu negócio e seu bolso da multa salgada. E lembre-se: assim como saber se O Seguro Comercial para Negócios é Obrigatório para Abrir um Restaurante, a legalidade do controle de pragas é o primeiro passo para operar tranquilo.
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